Apesar do Brasil ter superado a marca de 203 mil vítimas fatais do Covid-19, as praias de SC seguem lotadas. Ou seja, mesmo com a necessidade de se evitar aglomerações para contenção do Coronavírus, isso não vem sendo respeitado no litoral catarinense.
Diante desse cenário aumentam as preocupações com o estrago que vem sendo causado pelo vírus e pela atuação inconseqüente da população que segue como se não estivéssemos diante de uma pandemia.
O número de infecções e mortes em decorrência do Covid-19 vem aumentando desde dezembro. Ao que tudo indica, deve novamente alcançar um pico no início e na metade de fevereiro, em consequência às viagens de verão e festividades de final de ano.
Apesar disso, as praias de SC estão lotadas e as regras de circulação nesses locais são ignoradas pela maioria da população. Isso ocorre, aliás, mesmo após a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina ter apontado que todas as regiões catarinenses estavam em risco gravíssimo para a Covid-19.
Esse cenário preocupa, principalmente porque sequer houve a escolha da vacina que será utilizada no Brasil. Junto disso, também preocupam a ausência de insumos para toda população brasileira e a passividade com que as autoridades encaram essas aglomerações que aumentam o perigo de infecção e morte.
A autorização para ocupação das praias, rios e lagos foi dada pela própria Secretaria do Estado da Saúde catarinense. Ela ocorreu pela publicação da Portaria 1000/2020 que traz uma série de regras sobre a ocupação dos espaços.
Veja principais regras:
O que se tem, nesse caso, é o estabelecimento de uma série de regras que não estão sendo cumpridas e sequer fiscalizadas. Portanto, isso resultou nas praias de SC lotadas e no aumento significativo de infecções pelo Covid-19.
Infelizmente, os casos de infecções e de mortes causadas pelo vírus respiratório estão aumentando novamente. Para se ter noção, na última segunda-feira o Brasil alcançou a média móvel de mortes de 1.000 mortos.
A média móvel é obtida pela divisão do número total de mortes da última semana por 07. Esse número nunca esteve tão alto desde agosto e, por isso, preocupa.
Assim, quem esteve nas praias de SC lotadas deve ficar atento. O mesmo acontece com quem teve contato com pessoa infectada ou, ainda, que apresentou sintomas.
É muito importante que no aparecimento de exames haja a testagem da infecção,o que pode ser feito pelo plano de saúde para empresas ou mesmo pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Igualmente, todas as pessoas com quem se teve contato devem ser avisadas e a circulação delas, até que haja resultado para os testes, deve se limitar. Afinal, isso é crucial para que haja a limitação no número de infectados.
Ao mesmo tempo, é imprescindível na medida em que tanto os hospitais particulares e que atendem plano de saúde empresarial quanto os públicos de atendimento pelo SUS estão perdendo suas capacidades de internação por falta de leitos.
Dessa maneira, todo o cuidado para se evitar contaminação é pouco, principalmente após cenas de praias de SC lotadas, assim como outros locais do Brasil. Torna-se imprescindível a redobrada atenção com uso de máscara, distanciamento e não aglomerações.
Enquanto as praias permaneceram lotadas e a campanha de vacinação não teve início, esse é o tipo de postura que se faz necessária, sob o risco de chegarmos a trágica marca de 2,5 mil mortos por dia.
O que resta, agora, é aguardar as consequências das festas de final de ano que ocorreram em todo o território do Brasil e torcer para que as campanhas imunizantes tenham início o quanto antes.