Diante das intensas e repentinas mudanças provocadas pela pandemia em 2020, tornou-se um imperativo a aceleração das iniciativas de transformação digital das empresas. Sob o impulso da necessidade de esforços redobrados e maior flexibilidade, as áreas de TI e os CIOs ganharam muito em relevância. Afinal, são agentes cruciais para a implementação de estratégias, a adoção de ferramentas e o desenvolvimento de plataformas capazes de absorver com rapidez as exigências do novo cenário e de manter os negócios funcionando. O último ano representou árduo aprendizado. As empresas tiveram a oportunidade de identificar avanços, integrá-los e se preparar para novas necessidades. Para isso, os processos precisaram ser adaptados, muitas vezes com expansão dos investimentos em TI. O símbolo dessa dinâmica foi a adoção em massa do home office, circunstância que exigiu das empresas rápido aumento da quantidade de equipamentos disponíveis para os seus times e reforço das estruturas de cibersegurança. Essas adequações permitiram que se moldasse o uso e a manutenção de novas ferramentas digitais e de dispositivos de acordo com a demanda dos colaboradores — vale lembrar que essas ferramentas também foram evoluindo ao longo do ano. Todo esse movimento revolucionou a produtividade e as empresas perceberam o real valor de incorporar a inovação aos seus processos. Como resultado desse aprendizado, os líderes da área de TI das companhias brasileiras pretendem continuar impulsionando as iniciativas de tecnologia em 2021. Pesquisas recentes mostram que pelo menos 60% das organizações acreditam que os principais impactos aos seus negócios em 2021 virão de iniciativas de big data e analytics (63,1%), mobilidade e aplicativos móveis (56,9%), cibersegurança (54,4%) e inteligência artificial (51%). A necessidade de concentrar esforços em tecnologias inovadoras e disruptivas, aliada à realidade de avanços rápidos e de organizações mais enxutas, mudou drasticamente o papel dos CIOs. Esses profissionais se tornaram os verdadeiros orquestradores das estratégias digitais das companhias. Ao mesmo tempo, continuaram sendo pressionados pelas demandas por hardware e soluções e, assim, acabaram impulsionando serviços que agregam ganho de tempo e melhor controle de custos. A parceria com serviços de outsourcing de TI, ou aluguel de equipamentos, mostrou-se uma alternativa para que os CIOs continuem atendendo às necessidades crescentes de infraestrutura com qualidade e agilidade enquanto assumem novas responsabilidades dentro do negócio. Prova disso é que, segundo levantamento feito com os CIOs das maiores empresas do Brasil, 27% afirmaram já ter contrato de outsourcing de equipamentos (como desktops, notebooks e smartphones) e 35% disseram estar considerando a contratação para 2021. Além disso, 47% dos executivos indicaram que a área de TI aumentará a quantidade de serviços terceirizados. Em um ambiente corporativo mais ágil, o serviço de locação de equipamentos com soluções embarcadas é capaz de otimizar a gestão e reduzir o downtime, além de ser uma forma de a empresa ter acesso a experiências novas a partir de serviços especializados. A estratégia também se aplica aos setores que estão em home office, em que há uma dificuldade de fazer manutenção e suporte na residência do empregado, obstáculo também resolvido pelas companhias de locação. O outsourcing de equipamentos (Hardware as a Service - HaaS) tende a expandir à medida que absorve uma demanda por soluções personalizadas, pacotes flexíveis e acesso à tecnologia constantemente atualizada, para que os contratantes tenham ganhos em produtividade e controlem melhor seus orçamentos. Parceiros que atuam nesse mercado fornecem pacotes de software com desktops, laptops e tablets adequados às exigências do cliente, disponibilizando suporte e reparos especializados. Tudo isso pode ser efetuado à distância ou em domicílio, sem que o funcionário tenha que se deslocar ou permanecer muito tempo ocioso. Dispensadas das tarefas de repor equipamentos e desmobilizar dispositivos, as organizações podem se concentrar em seu core business. Uma característica não menos importante é a satisfação dos públicos no contexto de transformação digital. Conforme a área de TI ganha novas qualificações, os demais profissionais são beneficiados pelas mudanças, tornando-se usuários de inovações e metodologias diferentes, descobrindo e desenvolvendo novas habilidades e contribuindo para o aumento da produtividade. O que está diante de todos é o caminho sem volta da disseminação da tecnologia. Em um momento em que algumas incertezas ainda persistem, o cenário para as empresas é de consolidação das estratégias que deram certo, assim como de exploração dos avanços conquistados, integrando-os a estratégias de longo prazo.
*Marcelo Cabral é Head de Growth & Performance da Agasus, referência nacional em locação de hardware para TI pelo modelo Hardware as a Service (HaaS)