27/10/2020 às 14h58min - Atualizada em 27/10/2020 às 16h15min

A internet que vamos usar no futuro próximo

O ponto em comum das tendências é o crescimento da demanda de largura de banda em redes fixas, o que exige melhorar a infraestrutura óptica

SALA DA NOTÍCIA Comunicare Agência
Por Rafael Kohiyama – Área Técnica Fibracem

Pode ser que a leitura desse artigo tome alguns minutos do seu dia, mas certamente nesse mesmo tempo de leitura, se observarmos o que acontece no universo virtual da internet, vamos nos impressionar com a quantidade enorme de downloads, mensagens, logins, tweets, compras online, visualizações de vídeos, games, entre outras aplicações que ocorrem simultaneamente em 60 segundos de Internet, conforme podemos observar no infográfico abaixo.
 
Isso é um retrato da sociedade em que vivemos e não uma novidade relacionada ao surgimento do novo coronavírus, o qual seguramente alavancou certos comportamentos devido ao confinamento. As pessoas se viram obrigadas, de uma forma ou de outra, a recorrer às opções online de atividades que antes estavam acostumadas a fazer presencialmente. Exemplos disso são o crescimento do home-office, do EAD (Ensino à Distância) e até mesmo da telemedicina. Após sete meses desde o decreto da pandemia, muitos especialistas já vislumbram como será o cenário Pós Pandemia: home-office definitivo ou de jornada híbrida, educação remota, aumento de acessórios de smart homes (monitoramento, entretenimento, etc.).

Além disso, novas tecnologias emergentes como VR / AR (Realidade Virtual / Realidade Aumentada), games ou simulações (treinamentos) em holodecking (https://www.youtube.com/watch?v=lWp_k5bvNmw), transmissões em 8K são aplicações que exigirão velocidades mínimas na ordem de Gbps. Sendo assim, não é à toa que o plano estratégico da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por regularizar a internet no Brasil, anunciou seu objetivo de aumentar a velocidade média da banda larga fixa contratada pela população para 150 Megabits por segundo (Mbps), até 2023, um crescimento cerca de que três vezes maior que os 45 Mbps atuais.
 
O ponto em comum dessas tendências é o crescimento da demanda de largura de banda em redes fixas, por isso alguns definem esse fenômeno como “A Sociedade do Gigabit”, ou seja, o nível de serviço (largura de banda) antes exigido majoritariamente em meios corporativos está agora migrando para o meio residencial, onde estão a maioria dos usuários. Com o crescimento do consumo de dados, faz-se necessário melhorar também a infraestrutura que nos trazem esses dados. Por isso podemos observar (gráficos abaixo da @Omdia), por exemplo, a migração ao longo dos anos entre as tecnologias de acesso à banda larga tendendo para a fibra óptica.
 
 
Quais mudanças ainda estão por vir? E para os ISPs (Internet Service Providers)?

Impossível, sem o uso de uma “bola de cristal”, dizer qual seria o aplicativo ou a principal funcionalidade da Internet que se tornará o novo Netflix, ou o novo Facebook nos próximos anos. Mas uma coisa podemos afirmar categoricamente, a tendência é que o uso de dados continue aumentando, pois a sociedade tem sede de estar conectada, cada vez mais e de diversas formas, sempre exigindo melhor qualidade das redes, que são os verdadeiros “portais” e nos levam para esse universo virtual da internet.


Para dar “vazão” a todo esse fluxo de dados, investimentos relevantes vem ocorrendo na melhoria da internet de banda larga (tanto na ponta dos clientes que contratam a internet via fibra, como na ponta dos provedores que estão melhorando os serviços ofertados).

Os ISPs já estão projetando suas redes com fibra óptica levando em contas as novas tecnologias disponíveis no mercado, como equipamentos (OLT/ONT) que trabalham com protocolos XG-PON ou XG(S)-PON e atingem velocidades de 2,5 a 10 Gbps por porta do equipamento, melhorando dessa forma as redes atuais baseadas no protocolo GPON (que ficam em velocidades de 1,25 a 2,5 Gbps por porta).

Image© 2020 Optical Society of America
Fonte: Progress of ITU-T higher speed passive optical network (50G-PON) standardization - Dezhi Zhang, Dekun Liu, Xuming Wu, and Derek Nesset https://www.osapublishing.org/jocn/fulltext.cfm?uri=jocn-12-10-D99&id=432860

 
A grande vantagem é que para implementar essas novas tecnologias XG-PON e XG(S)-PON a infraestrutura de fibra óptica já construída (para rede GPON) será totalmente compatível. Como é possível observar na imagem, os comprimentos de onda (nm) por onde trafegam os dados são diferentes para os protocolos e, portanto, não se sobrepõem. Ou seja, a fibra óptica pode ser entendida como uma estrada contendo várias pistas e cada uma delas permitirá o tráfego em um único sentido (Up ou Down), de forma que não ocorram colisões.

Portanto, os ISPs estão relativamente tranquilos na questão de largura de banda suportada pela fibra óptica. Dessa forma, os esforços hoje encontram-se focados na melhoria da infraestrutura óptica, fazendo com que as redes sejam mais confiáveis quando estejam em operação, mas que também inovem com tecnologias de instalação e ativação dos clientes, possibilitando realizar de forma massiva as tão necessárias conexões ópticas que levam a internet do presente e do futuro aos usuários.  Uma das formas de inovar nessa questão da infraestrutura é a utilização de tecnologias preconectorizadas para construção otimizada de redes ópticas.

Na Fibracem estamos totalmente focados em produzir um portfólio completo de produtos para construção de infraestrutura óptica, pois entendemos – e confirmamos com a pandemia desse ano – que cada vez mais é preciso pensar em itens que trazem soluções, que otimizam recursos, que facilitem o trabalho dos técnicos e tragam a satisfação no acesso à internet de hoje, e do futuro.

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