O cuidado com a saúde da mulher precisa ser pauta na gestão das empresas
O movimento Outubro Rosa coloca a prevenção do câncer de mama no planejamento das ações corporativas, gerando maior valor e empatia
Há uma década o Outubro Rosa,movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, chama a atenção para a maior incidência da doenças nas mulheres. No Brasil, a Lei nº 13.733/2018 instituiu o período como o momento para compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. Essas ações preventivas e de apoio podem fazer parte de uma estratégia de gestão da saúde das trabalhadoras brasileiras, com empresas e empresários atentos ao cuidado com a saúde feminina, principalmente neste momento em que o rastreamento e o tratamento foram prejudicados e ainda estão sendo retomados por conta da pandemia de Covid-19. A medicina ocupacional cumpre muito bem esse papel, de acompanhar a trabalhadora na prevenção com conscientização, monitoramento, diagnóstico, encaminhamento e tratamento do câncer mais comum entre as mulheres, no Brasil e no mundo, que corresponde a cerca de 25% dos casos novos de câncer a cada ano. Esse percentual é de 29% entre as brasileiras. Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde, presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho) e diretor da OnCare Saúde, lembra que quanto antes a mulher for diagnosticada, maiores serão as chances de cura e menor será a necessidade de afastamento e de perda de renda da trabalhadora, na maioria das vezes a única fonte de renda da casa. “As campanhas de conscientização são fundamentais para a saúde da mulher, que ciente das medidas preventivas, as dissemina para amigas e familiares. Exames regulares podem oferecer um diagnóstico precoce, uma melhor qualidade de vida para elas e a manutenção de suas atividades, fundamentalmente importante no orçamento familiar”. O médico enfatiza que as empresas têm um papel muito importante na prevenção. “É fundamental que o serviço de saúde não apenas apoie o combate à doença, mas principalmente participe de forma incisiva, incentivando os médicos e enfermeiros do trabalho se engajarem nessa luta, reforçando para as trabalhadoras a importância do diagnóstico precoce e sobre a melhor maneira de combater a doença”, destaca o presidente da ABRESST.
Quando detectado no início a chance de cura do câncer de mama é de 88,3% dos casos Esse é um índice animador e serve de incentivo para as empresas. Mas é preciso ressaltar que gerir a saúde da trabalhadora é uma atividade complexa e, portanto, precisa ser delegada à uma organização experiente e preparada. Para Ricardo Pacheco, um olhar dirigido da equipe especializada é capaz de garantir a saúde da mulher. “Quando o câncer na mama é detectado nos estágios iniciais, a chance de cura, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, órgão do Ministério da Saúde)é de, em média, 88,3% dos casos. Com esse dado, é possível entender a importância e urgência de promover ações voltadas à saúde da trabalhadora, com uma gestão comprometida com seu bem estar físico e mental. O resultado impacta diretamente no resultado dos negócios”, alerta o médico e diretor da OnCare Saúde.
Ações que podem ser adotadas pelas corporações para incentivar a prevenção do câncer de mama Algumas ações adotadas pelas empresas brasileiras já se mostraram eficientes para chamar a atenção da sociedade para a necessidade de prevenir o câncer de mama. O gestor em saúde destaca algumas das melhores práticas do mercado corporativo para fortalecer esta mensagem de conscientização: “Com o apoio da equipe médica, a empresa pode instituir um calendário anual de ações de atenção à saúde, como o Outubro Rosa. Com essa parceria é possível priorizar a comunicação com suas colaboradoras, garantindo que as informações cheguem por meio de conteúdos informativos via e-mail, comunicados na intranet, TVs internas, cartazes e/ou redes sociais da empresa. Também é possível instituir o Dia da Prevenção, liberando as trabalhadoras no horário de expediente para que se consultem com um médico e realizem exames preventivos. Campanhas internas, como espalhar pela empresa adereços na cor rosa e distribuição de materiais com o laço da mesma cor, têm um importante impacto na prevenção. Além da realização de reuniões, debates e palestras com informações sobre o câncer de mama e seus cuidados”, completa o médico Ricardo Pacheco. Fato é que o câncer de mama não é uma doença totalmente prevenível em função da multiplicidade de fatores relacionados ao seu surgimento e vários deles, não são atitudes modificáveis. De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores, especificamente aqueles que podem ser mudados com a adoção de hábitos saudáveis e, nesse sentido, as empresas podem ter um papel fundamental na preservação da vida de suas colaboradoras.
AOnCare Saúde éuma plataforma de solução integrada de saúde, que oferece assessoria e consultoria, para empresas e para população em geral. Dentro dessa plataforma, de gerenciamento macro, está a assistência médica que também garante a assistência integral social e à saúde dos beneficiários e seus dependentes, com ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação, de forma a contribuir para o aprimoramento do sistema social e de saúde do Brasil.
Nesse momento de pandemia a OnCare Saúde tem adotado todas as medidas sanitárias recomendadas pelas autoridades em saúde, no Brasil e no mundo. Dessa forma, os atendimentos presenciais continuarão acontecendo por ordem de chegada, como ocorre normalmente. É exigido o uso de máscaras e ofertado álcool em gel para todo usuário que tenha que se deslocar até uma unidade.
A OnCare Saúde ainda adverte que os serviços digitais são amplos e estão disponíveis 24 horas por dia; e que o paciente só se dirija a uma unidade se realmente imprescindível.
O Debate Nacional sobre Saúde e Segurança no Trabalho, um evento organizado e promovido pela ABRESST - Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho e que aconteceria em 3 de abril foi adiado. O debate que abordaria assuntos de alta relevância não apenas para todos da área de segurança e saúde no trabalho, mas para toda a sociedade, o como as discussões em torno das Normas Regulamentadoras 29 (trabalho portuário), 30 (trabalho aquaviário) e 32 (serviços de saúde); e claro, a pandemia, terá sua data remarcada assim que a entidade tiver segurança de que não há mais o risco de contaminação.