26/07/2022 às 10h14min - Atualizada em 01/08/2022 às 17h05min

Jaime Hayon abre as portas de seu apartamento em Valência, Espanha

O aclamado designer e artista apresenta detalhes de seu universo particular, localizado no terceiro andar de um edifício modernista de 1928 em reportagem especial de Casa Vogue.

SALA DA NOTÍCIA Suellen de Andrade
Foto: Cristina Vaquero
Considerado um dos nomes mais influentes da arte e do design contemporâneos das cores, Jaime Hayon é destaque em matéria na edição de julho da revista Casa Vogue, onde apresenta seu apartamento no terceiro andar de um edifício modernista em Valência. O imóvel retrata o universo particular e a obra do designer, composto de peças autorais com formas orgânicas, combinações inusitadas de cores e um alegre piso de mosaico típico dessa região espanhola.

Constantemente, Hayon rabisca de lápis de cor as páginas em branco de um caderno de anotações. “Desenho sem parar, deixo canetas por todos os cantos, anoto as ideias assim que me ocorrem, já tenho mais de 800 volumes”, explica, com a fala rápida dos gênios, seguida por uma risada contagiante.

Há mais de dez anos, ele se mudou para Valência depois de temporadas em Madri, Treviso, Londres e Barcelona. Buscava uma vida menos acelerada enquanto via as encomendas vindas de todo o mundo (e também a família) crescerem. Quando, em 2020, o confinamento freou as viagens, dedicou-se a reformar seu refúgio em um edifício de 1928, fincado entre os bairros Eixample e Ruzafa, perto da Estación del Norte e da Plaza de Toros.

Apesar de estar no terceiro andar, o apartamento emana a sensação de casa, com as salas de estar e de jantar viradas para a rua e os demais ambientes voltados para dois pátios, um aberto e outro interno, que conecta as áreas comuns e proporciona curiosas perspectivas entre os espaços. Hayon comprou o imóvel sem nem perguntar o preço, e partiu para a restauração. “Sempre coloco meu coração nas coisas, acredito muito em energia. A obra foi executada com prazer. Eu vinha todos os dias, antes de rumar para o estúdio. Mais do que design, foi um ato de reconstrução, de selecionar os melhores artesãos”, diz.

Para ele, a herança mais importante é o piso de mosaico Nolla, revestimento cerâmico típico do modernismo valenciano no começo do século 20. “Fiquei obcecado pelo quadrado”, reconhece o designer, normalmente mais inclinado a contornos orgânicos e curvos.


As tonalidades das pastilhas inauguraram um novo método de trabalho. “Algumas peças minhas que nasceram durante o isolamento, como uma máscara de cerâmica para a Bosa, ganharam decoração inspirada no revestimento. Esta casa consiste em um exercício intensivo de coloração. Não são escolhas óbvias, e elas funcionam bem porque estão no piso. Isso me ajuda a mudar a maneira como concebo meus projetos. Testei inúmeros tons de tinta. A cor, como a arquitetura, é equilíbrio, e você tem de dar materialidade com texturas, brilhos, foscos…”, disserta.

Aos poucos, Hayon se apropriou do novo lar com objetos de viagem, arte de amigos e protótipos que entram e saem constantemente, movimentando a dinâmica da residência. A matéria completa pode ser conferida na edição de julho de Casa Vogue, já disponível nas bancas de todo o país.


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