10/08/2022 às 15h51min - Atualizada em 10/08/2022 às 19h30min

Ricardo Sánchez apresenta sua casa em Cartagena, Colômbia, para Casa Vogue

Restaurada pelo arquiteto, a residência de 1938 permeia com simplicidade e originalidade os interiores valorizando os elementos Art Déco, incluindo móveis e acessórios garimpados, bem próximo ao mar do Caribe

SALA DA NOTÍCIA Da Redação
Casa Vogue_edição agosto_foto_Francesco Dolfo/Living Inside
Erguida em 1938 em Cartagena, na Colômbia, a construção da casa do arquiteto Ricardo Sánchez evitou o caminho óbvio seguido pela vizinhança do bairro El Cabrero, coalhado de edificações neoclássicas e ecléticas, e adotou o estilo art déco, com toda a ousadia que isso significava na época. Distante uma quadra da praia, deixava a brisa do mar percorrer e refrescar seus interiores. Meio século depois, nada que desviasse desse rumo faria sentido – e isso logo ficou claro, como conta o novo dono à Casa Vogue, que traz em agosto edição dedicada à América Latina.

Em 1990, imediatamente após a compra, começou a reforma, e os olhos do proprietário brilharam ao ver, na fachada descascada, o tom de amarelo original harmonizando com a estética de portas e janelas. Para outros pontos, como a piscina e os quartos, Sánchez trouxe um toque mediterrâneo e elevou a vocação praiana. “Previa manter esse espírito, com certa recusa aos luxos”, afirma.

Para Sánchez, um pensador e pesquisador da arquitetura latino-americana, a perda gradativa das habitações horizontais e avarandadas no continente é alarmante. “Temos visto destruírem nossas cidades”, fala, sobre a verticalização acelerada e sem planejamento das últimas décadas – tema, inclusive, de seu TEDx em Havana, em 2015. Por isso ele ama tanto seu lar pontuado por pátios, com quase 800 m² de área construída em um terreno de 1.200 m². “Gosto muito da sensação de estar em uma moradia antiga, simples, austera como um convento.”

Parte do mobiliário veio da Itália, de onde trouxe achados artesanais e vintage. A irmã pintora, Martha Sánchez, também criou algumas telas especialmente para o lugar – a da cozinha, por exemplo, foi feita para reforçar o azul marcante da paleta. O trecho entre a sala de jantar e a piscina é onde Sánchez desfruta dos seus melhores momentos. “Ela [a casa] reflete muito de mim. O respeito às histórias, à ventilação... É um local que não requer muito para viver bem”, arremata, talvez se esquecendo do valor aportado por ele ali ao longo dos mais de 30 anos desse encontro de almas.

A matéria completa pode ser conferida na edição de agosto de Casa Vogue, já disponível nas bancas de todo o país.


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