30/10/2020 às 09h12min - Atualizada em 31/10/2020 às 00h00min

Após superar bullying, gaúcha transforma sofrimento em arte

Suas obras são destaques no Rio Grande do Sul e outros estados

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A artista plástica e escritora gaúcha Virginia Isabel Matte, de Três Coroas, superou o bullying sofrido na infância e transformou seu sofrimento em arte, vencendo todos os desafios da infância pobre. Hoje, ela se dedica às artes e trabalha em seu segundo livro.
“Eu sofria muito bullying na infância porque meus pais não tinham muito dinheiro para me ajudar em belas artes. Além disso, minhas notas não eram boas porque não tinha material para fazer os trabalhos e então eu era chacoteada de pobre”, confessa Virginia, que aborda com detalhes essa fase do bullying em seu próximo livro.
Se não fosse determinada ao extremo, ela teria desistido e o mundo não conheceria a artista em que se transformou. “As minhas amiguinhas de colégio me emprestavam algum material, mas minhas notas não eram dadas por completo por causa disso. Eu sempre precisava provar que era alguma coisa e até comprava as amizades com balas, e guloseimas”, revela a gaúcha.
A vida parecia cada vez mais complicada para a garota que almejava tornar-se uma artista plástica. Ela conta que ficou feliz quando seu pai lhe deu dinheiro para comprar material, mas a alegria durou pouco.
“Quando meu pai me deu dinheiro para comprar material, bordei uma tela do personagem Bambi e numa exposição ela foi roubada”, recorda Virginia.
Devido a todos esses acontecimentos ela chegou a pensar que nunca poderia ser alguma coisa na vida, mas com o passar dos anos mudou sua percepção de vida.
“Hoje vejo isso de um ponto de vista diferente, ainda mais perdendo o meu filho no ano passado do jeito que perdi, mas lá dentro de mim, ainda existe aquela menininha…. Bom, então resolvi fazer uns cursos de pintura em tecido e quando fiz minha primeira tela fiquei deslumbrada, mas sempre a professora precisava me ajudar”.

Artista fez um trato com Deus

A vida da artista foi marcada por algumas perdas, mas a arte já era parte dela e ajudou a superar os momentos de provação.
“Como Tive meu primeiro filho e depois perdi o segundo (na gravidez), acabei entrando em coma onde tive uma visão de um chão xadrez preto e branco e para resumir voltei do coma e fiz um trato com Deus. Se ele me desse o dom da pintura, eu pregaria o evangelho através das artes e tem sido uma luta até hoje. Vendo alguns quadros, e todos amam quando são presenteados, mas a demanda para vendê-los ainda é pouca”, comenta.
Após a perda do bebê, que segundo ela, tudo indicava ser uma menina, voltou a pintar para não entrar em depressão. “Assim percebi que recebi de Deus o que havia pedido, o dom de pintar e tudo eu fazia sozinha. Criei telas, e ainda fui além virando retratista, pintando sozinha, copiando fotos de artistas e com todas as experiências que tive com DEUS desde criança (médicos diziam que eu iria morrer e nunca ter uma família). Escrevi três livros, onde o primeiro já foi publicado pela editora Autografia, sendo a capa de minha autoria”, finaliza ela referindo-se ao livro PERSEVERAR – O propósito de uma vida! onde assina como Vimatte.


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