04/05/2021 às 09h10min - Atualizada em 04/05/2021 às 14h36min

Internação involuntária: entenda como funciona

SALA DA NOTÍCIA LUCAS WIDMAR PELISARI
Recorrer à internação involuntária ou compulsória é uma medida drástica para um dependente químico, mas necessária. É por ser necessária que é importante que conheça mais sobre internação involuntária: entenda como funciona!

Ela ocorre sem o consentimento do dependente químico, que já não consegue se responsabilizar pelos próprios atos. Isso gera medo em quem realiza o pedido, pois acha que está traindo a confiança do parente ou amigo.

Porém, isso é uma ajuda necessária. Mas internação involuntária e compulsória são a mesma coisa? O que diz a lei de internação involuntária? Quem pode pedir internação involuntária? Responda essa e outras dúvidas agora!

Internação involuntária: entenda como funciona

A internação involuntária é a resposta quando a situação já está desesperadora para o dependente químico e para as pessoas próximas.

A internação involuntária se trata da internação decidida sem o consentimento do dependente químico. Nessa situação, é entendido que ele perdeu a capacidade de discernimento e a própria autonomia por causa da dependência química.

Com isso, é compreendido que o dependente não percebe a gravidade da situação e que se tornou um perigo para si e para os outros.

​O que diz a lei de internação involuntária?

A lei de internação involuntária é a Lei Nº 13.840, de junho de 2019. Nela, estão dispostas as questões acerca da internação involuntária, que são:
  • Ela deve ser realizada após formalização de decisão por parte do médico responsável;
  • Só pode ser indicada após avaliação da droga utilizada, do padrão de uso e quando outras alternativas terapêuticas já não funcionam;
  • Pode ser interrompida a qualquer momento pelo familiar que realizou o pedido de internação ou representante legal;     
  • A internação e a alta devem ser informadas ao Ministério Público ou à Defensoria Pública.

Internação involuntária e internação compulsória são a mesma coisa?

Não, pois a internação involuntária pode ocorrer por pedido de familiares, enquanto a internação compulsória é determinada por ordem do juiz. O magistrado toma a decisão com base em laudo médico, que traz informações sobre o paciente.
Dessa forma, apesar de terem o mesmo resultado, a autorização de cada uma é diferente.

​Quem pode pedir internação involuntária?

Quem pode pedir internação involuntária é:
  • Familiar;
  • Responsável legal;
  • Servidor público da área de saúde, de assistência social ou de órgãos públicos integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad).
Claro que no fim é o médico quem pode pedir e avaliar o procedimento, sendo que ele deve estar devidamente habilitado e registrado no CRM.

​Como funciona a clínica para dependentes químicos involuntários?

A abordagem da clínica para dependentes químicos é humanizada e individualizada. Independentemente do tipo de internação, sempre existe o Plano Individual de Atendimento (PIA), que é elaborado com participação dos familiares.

A internação tira os dependentes químicos do ambiente de risco, assim como elimina o convívio com pessoas que podem influenciar no uso de drogas. O objetivo da internação clínica é fazer o dependente retornar a quem era antes.

Nisso, diversos tratamentos podem ser indicados para os dependentes químicos:
  • Desintoxicação;
  • Medicação;
  • Psicoterapia, como psicanálise, terapia cognitivo-comportamental, terapia em grupo e terapia ocupacional;
  • Etc.
Esses são alguns dos tratamentos que você encontra na Clínica de reabilitação – Núcleo Viver Sóbrio, que garante uma internação clínica sempre humanizada!
 

​Quais são os benefícios da internação clínica involuntária?

Apesar de parecer uma decisão unilateral, a internação involuntária garante diversos benefícios ao paciente. Alguns deles são:
  • Fim do ciclo de consumo de drogas;
  • Melhora na saúde física e mental;
  • Maior auxílio para superar o problema;
  • Nova oportunidade para recomeçar.

Quando a internação involuntária é necessária?

A internação involuntária não é uma decisão fácil, mas é a melhor opção quando a dependência química leva ao agravamento do quadro do dependente. É a opção mais recomendada quando:
  • Há perda de autonomia pelo dependente;
  • Tentativas de tratamento tradicionais não funcionam;
  • Há abandono dos cuidados pessoais, oscilações de peso, agressividade e mentiras contínuas.
Quando há essas situações, você deve ligar a luz de alerta. Com orientação médica, você entende se a internação involuntária é a melhor opção. Por isso é importante que conheça a internação involuntária: entenda como funciona!

 
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