03/09/2021 às 10h37min - Atualizada em 03/09/2021 às 22h03min

Avanço da tecnologia muda relação do brasileiro com as finanças pessoais

A pandemia trouxe mudanças para o setor como o maior uso de bancos digitais, transações financeiras via aplicativo e etc Por Daniel Cunha Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET no Brasil

SALA DA NOTÍCIA Weslley Morais

A tecnologia oferecida pelos serviços financeiros tem alcançado fortemente os brasileiros e o mercado financeiro nacional vem se transformando nos últimos anos com a digitalização desses serviços. Diante das orientações de distanciamento social, serviços como cashback, PIX e QR Code se popularizaram e transformaram a forma como nós nos relacionamos com o dinheiro.

 

Li recentemente em uma matéria da CNN, que o número de usuários de bancos digitais mais que dobrou no Brasil nos últimos meses. Certamente, a pandemia é a base de tudo isso, acelerando o uso dos apps bancários e também a inserção do público geral nas fintechs.

 

Como sempre, os cibercriminosos não ficam para trás quando o assunto é tendências tecnológicas. Com o crescente uso dessas tecnologias, pessoas mal intencionadas visam a “novidade” para aplicar enganos e golpes que quase sempre buscam retornos financeiros.

 

Como qualquer novidade, os usuários levam algum tempo para se familiarizar com todas as medidas de segurança e boas práticas a serem seguidas. É nesse ponto fraco que os criminosos agem, no desconhecimento da vítima. Para mim, a educação sempre foi o ponto chave para não ser vítima de golpes e enganos cibernéticos. Quanto mais soubermos como e onde os cibercriminosos operam, mais ligados estaremos ao navegar online.

 

Atualmente, com a implementação da LGPD, cada vez mais os usuários se mostram atentos a tendências sobre suas informações pessoais, o que é um grande passo para mantermos a cibersegurança sempre nos trends. Além disso, tenho visto nas mais diversas mídias, muitas instituições financeiras, como o Itaú, apostando em propagandas e comerciais sobre a importância de se manter a privacidade dos dados.

 

O setor financeiro não é somente atrativo para os cibercriminosos quando falamos nos dados do usuário final. Considerando a quantidade e o tipo de informações que as empresas de serviços financeiros coletam de seus clientes, as companhias também estão sempre no radar dos criminosos. No caso de um vazamento de dados, por exemplo, as informações podem ser usadas ​para cometer fraudes por meio de roubo de identidade ou para serem negociadas em mercados na dark web, o que pode causar grandes prejuízos à reputação da empresa que foi comprometida e também prejuízos financeiros e de reputação a clientes afetados.

 

Há uma necessidade clara das organizações melhorarem suas medidas de segurança para reduzir as chances de serem vítimas de ataques direcionados a elas. Uma pesquisa recente da ESET com 10.000 consumidores e líderes de negócios em várias partes do mundo revelou que 45% das empresas tiveram que lidar com uma brecha de segurança.

 

Além das medidas de segurança por parte das empresas e organizações, o usuário em si precisa se educar cada vez mais sobre como os ataques estão sendo feitos, para assim, identificar possíveis ações maliciosas e estar sempre um passo à frente dos criminosos.


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