22/02/2022 às 13h01min - Atualizada em 22/02/2022 às 17h21min

Empresas de crédito movimentam cerca de R$ 30 bilhões por ano em Minas Gerais

Hoje o setor opera em um volume mais alto, com demanda maior do que operava antes da pandemia

SALA DA NOTÍCIA Interface Comunicação
Roberto Ribeiro, presidente do Sindisfac-MG e sócio-diretor da Simples Antecipação de Recebíveis_Crédito Léo Guedes
Dados de pesquisas realizadas pelo Sindisfac-MG, em parceria com o Sinfac-SP e a ABRAFESC, apontam que Minas Gerais possui cerca de 200 empresas de factoring atuantes, 40 Empresas Simples de Crédito (ESC) e 50 securitizadoras. O segmento hoje tem uma grande importância socioeconômica: atende aproximadamente 250 mil micro e pequenas empresas em todo o país, sendo 35 mil apenas em Minas Gerais, movimenta cerca de R$ 30 bilhões no estado por ano, cerca de R$ 200 bilhões no Brasil e contribuem indiretamente para a manutenção de mais de 6 milhões de empregos no paísNeste ano, o setor prevê um crescimento acima dos 10%.

As empresas de factoring (fomento mercantil) foram criadas para impulsionar e facilitar a vida dos pequenos e médios empreendedores por meio de antecipação de recebíveis. Nessas empresas, o empreendedor repassa para a factoring seus créditos futuros e, em troca, recebe os valores desses pagamentos à vista. As factorings também possuem a opção de ceder créditos e valores a troco de uma quantia imediata. Um outro tipo de empresa de crédito existente no Brasil é a securitizadora, que atua na conversão de uma dívida em títulos, que são vendidos para investidores.

Já o objetivo das ESCs é facilitar o crédito para micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais. Pessoas físicas podem abrir uma ESC e realizar empréstimos a pequenos empreendedores; assim, podem suprir uma demanda por empréstimos às pequenas empresas que não conseguem crédito em bancos tradicionais e em outros tipos de empresas de crédito.

Visando auxiliar todas essas empresas, o Sindicato das Empresas de Factoring de Minas Gerais (Sindisfac-MG) foi criado em 1991 e hoje acumula 30 anos de experiência em assistência aos associados. A missão da entidade é promover o reconhecimento de que a atividade das factorings, securitizadoras e ESCs é fundamental para o desenvolvimento de micro, pequenas e médias empresas.

Enfrentando a crise


Para passar por esse momento econômico atípico, devido a crise causada pela pandemia, a entidade criou um manual de boas práticas para o enfrentamento da crise no segmento e disponibilizou para todos os associados. Neste documento constavam informações, dicas e conselhos relevantes para ajudar os empresários, como por exemplo, proposta para criação de comitês provisórios de gestão da crise, estruturação de uma nova régua de aprovação de operações, flexibilização na cobrança de títulos de clientes adimplentes e com bom histórico de liquidação, publicação interna de relatório de gestão da crise adoção de medidas para redução de custo, implementação e melhoria de ferramentas de monitoramento e análise de crédito, intensificação do acompanhamento da cobrança, revisão e enrijecimento das políticas gerais da empresa com relação à operação, novos projetos comerciais focados na retomada da economia.

Nosso maior propósito é colaborar com o crescimento e desenvolvimento do fomento mercantil, unindo forças e desenvolvendo trabalhos significativos, contribuindo com as micro, pequenas e médias empresas e garantindo a elas um melhor desempenho econômico”, explica Roberto Ribeiro, presidente do Sindisfac-MG, vice-presidente da ABRAFESC e sócio-diretor da Simples Antecipação de Recebíveis.

Mercado aquecido


Segundo Roberto Ribeiro, o setor foi extremamente importante durante a pandemia e será no pós-pandemia. “O mercado recebeu uma demanda grande dos bancos que fecharam as portas aos micro, pequenos e médios empresários. O Pronampe, que foi uma tentativa do governo federal de ajudar os micro e pequenos empresários, foi bem-sucedido, porém os bancos foram muito rígidos na análise de crédito e liberaram valores muito baixos para as empresas. Ou seja, ajudou mas não foi suficiente e assim as factorigns, securitizadoras e Esc’s, puderam ajudar mais. Temos a consciência de que fomos muito importantes na pandemia e seremos ainda mais no pós-pandemia, pois muita gente parou devido ao lockdown e ficaram sem recebíveis para conseguir antecipar. Desta forma, quando recomeça, é necessário um capital de giro para dar fôlego ao negócio, pagar fornecedores, matérias-primas, colocar em dia algumas contas”, comenta.

Hoje o setor opera em um volume mais alto, com demanda maior do que operava antes da pandemia. “Isso é um motivo de felicidade pra gente, pois é uma demonstração de que o mercado está muito aquecido em todos os segmentos. Como trabalhamos com empresas de diversos setores – indústria, serviços, comércio –, temos acesso de forma pulverizada e conseguimos ter essa dimensão. Estamos confiantes para este ano, mesmo com alguns cenários não tão positivos, seguimos otimistas de que a vacina funciona e de que não teremos um grande retrocesso do ponto de vista da pandemia no Brasil. Vai ser um ano de crescimento da economia e de controle de inflação”, conclui.


 
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