26/04/2024 às 17h12min - Atualizada em 26/04/2024 às 17h42min

Canetas emagrecedoras: aliadas ou vilãs na busca pelo peso ideal?

Leticia Paviani, Noemi da Silva Pereira, Cassia Regina Bruno Nascimento e Ana Paula Franco Punhagui-Umbelino são professoras do curso de Nutrição na UniCesumar em Londrina.

Assessoria de Imprensa UniCesumar
Divulgação UniCesumar / Shutterstock
 

Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que, aproximadamente 60% dos adultos brasileiros têm excesso de peso, o que representa cerca de 96 milhões de pessoas, e 1 em cada 4 tem obesidade, num total de mais de 41 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde PNS/2020.  Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam acima do peso em todo o mundo. Além do fator estético envolvido, a obesidade pode levar os indivíduos a desenvolverem fatores de risco com consequências diversas, como: acúmulo de gordura no fígado, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e Diabetes Mellitus.

Como forma de auxiliar no tratamento da obesidade, as famosas “canetas emagrecedoras” ganharam notoriedade, sobretudo pela promessa de rápido resultado. Isso porque, alguns compostos químicos dessas canetas, como a Semaglutida e a Liraglutida, que anteriormente vinham sendo utilizadas como aliados no tratamento da Diabetes Mellitus, ganharam popularidade por conta do seu principal efeito colateral entre esses pacientes: a perda de peso. Mas será que esse é o melhor caminho a ser tomado? Até agora há mais dúvidas do que certezas.

Sabemos que o processo de emagrecimento é, muitas vezes, complexo e difícil, o que faz que muitos pacientes desistam diante da impossibilidade de alcançar o resultado desejado. Dentre os fatores determinantes para o fracasso durante o tratamento de perda de peso estão a rotina agitada, falta de atividade física, consumo exagerado de ultraprocessados e a má qualidade do sono. Devido a isso, muitos pacientes procuram soluções com resultados mais rápidos e menos onerosos, como o uso de medicação para emagrecer. Dessa forma, o uso das canetas emagrecedoras vem sendo aplicado em pacientes de forma chamada off label, que se trata do uso de um produto com finalidade diferente do aprovado em bula.

Ainda que o uso das canetas para tratamento da diabetes já vinha acontecendo para a perda de peso, foi somente em janeiro deste ano que houve a liberação oficial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso da Semaglutida, especificamente, para fins de emagrecimento. Então, muito mais pessoas começaram a buscar este recurso visando a redução de peso. Infelizmente, o uso de medicação sempre apresenta efeitos colaterais, dentre eles náuseas, vômitos, diarreia, flatulência, dor de cabeça e constipação, bem como a possibilidade de reganho de peso após o fim do tratamento. Outro fator é o alto custo dessas canetas, que chegam a custar mais de mil reais.

É importante ressaltar que o uso de canetas emagrecedoras pode ser um aliado para pacientes que apresentam resistência à perda de peso, mesmo após ajustes nos hábitos alimentares e hábitos de vida. Mas, muitas vezes, quando utilizada de forma individual, não gera os resultados prometidos, afinal, para o processo de emagrecimento ser eficiente, sugere-se uma alteração nos hábitos do cotidiano, incentivando a prática de atividade física e sono adequado, bem como, obviamente, alteração nas práticas alimentares, incentivando uma dieta rica em fibras, frutas e verduras, a fim de proporcionar mudanças permanentes naqueles que procuram emagrecer.

Sendo assim, faz-se necessário salientar que o uso de qualquer medicamento deve ser acompanhado por um médico especialista na área. Portanto, para que o resultado do tratamento para perda de peso seja duradouro, deve ser acompanhado de uma equipe multiprofissional, a fim de um olhar integral para todos os aspectos envolvidos nesse processo, podendo fazer parte o profissional nutricionista, médico especialista e profissional de educação física.
 

Sobre a UniCesumar

Há mais de 30 anos no mercado educacional, e desde 2022 como uma das marcas integradas no grupo Vitru Educação, a UniCesumar possui mais de 600 mil alunos ativos, tanto na modalidade presencial quanto EAD. Atualmente, possui mais de 1,2 mil polos espalhados por todas as regiões do país, além de três polos internacionais, localizados em Dubai (Emirados Árabes), Genebra (Suíça) e Joso (Japão). No ensino presencial, um dos grandes destaques é o curso de Medicina, ofertado no campus de Maringá (PR) e em Corumbá (MS). Além disso, conta com outros quatro campi nas cidades de Curitiba, Londrina, Ponta Grossa e Campo Grande (MS). A instituição está entre os dez maiores grupos educacionais privados do país. Em seu portfólio estão mais de 130 cursos de graduação e 130 de pós-graduação, 71 cursos técnicos e 16 cursos profissionalizantes.


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