21/03/2024 às 10h30min - Atualizada em 21/03/2024 às 14h12min

Lumu lista nove orientações que CISOs devem considerar ao escolher um seguro cibernético

Apólice ideal depende de necessidades exclusivas de cada organização

Pedro Carvalho
Lumu
São Paulo, 21 de março de 2024 – À medida que o cenário digital evolui, o seguro cibernético vem se tornando fundamental para que empresas de todos os portes protejam seus ativos digitais e mantenham a resiliência operacional. De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), autarquia vinculada ao Ministério da Economia, responsável pelo controle e fiscalização do setor, no primeiro semestre de 2023 os seguros cibernéticos no Brasil registraram R$ 98,12 milhões no acumulado de prêmios, alta de 27,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As apólices de seguro cibernético geralmente se enquadram em duas categorias principais: cobertura primária e cobertura de terceiros.

O seguro cibernético primário trata das perdas financeiras sofridas pelo segurado como resultado de um evento cibernético, seja um ataque ou violação de sua rede ou sistema. Basicamente, engloba fraude/roubo, perda de dados e trabalho de restauração, interrupção de negócios, ameaças de extorsão cibernética, investigação forense, reparo de imagem da empresa e notificações ao cliente. A cobertura dessa categoria geralmente vem acompanhada de seguro contra erros e omissões.

Já o seguro cibernético de terceiros oferece cobertura para quaisquer ações de responsabilidade contra o segurado após um evento. Essa responsabilidade pode ser reivindicada por clientes, fornecedores, reguladores ou qualquer parte que procure reparação financeira da empresa devido a um incidente cibernético. Sua cobertura geralmente inclui honorários advocatícios, custos de liquidação, pagamento de danos judiciais, custos relacionados à resposta a consultas regulatórias, multas e penalidades governamentais.

"A escolha da apólice de seguro cibernético correta pode ser uma tarefa desafiadora, pois o setor está em constante evolução, e as seguradoras atualizam frequentemente suas ofertas", explica Germán Patiño, vice-presidente de vendas para a América Latina da Lumu Technologies, empresa de cibersegurança criadora do modelo Continuous Compromise Assessment™. O executivo também lembra que nenhuma apólice é universal, e que a melhor escolha depende de necessidades exclusivas de cada organização.

A seguir, Patiño lista as principais orientações que os CISOs devem considerar na escolha de um seguro cibernético.

1-Requisitos de controle: é fundamental desenvolver planos de implementação para controles rigorosos;
2-Limites do seguro: o CISO deve ter em mente as restrições com base em setores específicos ou limites de receita;
3-Eventos generalizados: é preciso estar ciente das limitações de cobertura para eventos generalizados;
4-Cosseguro para ransomware: é importante para o líder de cibersegurança entender os requisitos de cosseguro para esse tipo de ataque;
5-Exposições de vulnerabilidades críticas: vulnerabilidades devem ser tratadas imediatamente, pois atrasos podem resultar na negação da cobertura;
6-Exclusões de cobertura de hardware e software antigos: eventuais atrasos na cadeia de suprimentos devem ser planejados, a fim de priorizar as atualizações de hardware e software em fim de vida útil;
7-Funcionários remotos: recomenda-se buscar orientação jurídica sobre o monitoramento permitido de funcionários remotos;
8-Zero day: deve-se estar atento às exclusões de cobertura relacionadas a vulnerabilidades de zero day e, se necessário, explorar políticas alternativas;
9-Aumento no prêmio do seguro: os controles devem ser aproveitados para se posicionar na categoria de prêmio ideal em meio ao aumento dos custos.

Todavia, ter uma apólice não elimina riscos nem garante imunidade à organização, pois violações recorrentes e alto índice de perdas podem inviabilizar o seguro. Também é importante que se observe quais itens são excluídos de cobertura, tais como processos de segurança ineficazes, violações anteriores, falha humana, ataques internos e vulnerabilidades pré-existentes.

"Entender as complexidades do seguro cibernético e seus principais componentes é crucial para os líderes de cibersegurança tomarem decisões informadas e adaptadas ao perfil de suas organizações. Também é essencial trabalhar ativamente para mitigar os riscos após a assinatura do contrato e manter-se informado sobre mudanças nas apólices que possam afetar a estratégia de segurança. Não fazer isso pode transformar a apólice de uma medida de proteção em um passivo financeiro para a seguradora", conclui Patiño.

 
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