28/03/2024 às 18h00min - Atualizada em 28/03/2024 às 19h45min

Condomínios em Alerta: A Escalada da Inadimplência em São Paulo

Entre Custos e Crises: A Inadimplência Condominial Atinge Novos Patamares em SP

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Gustavo Ferreira
canva

A inadimplência em condomínios de São Paulo tem apresentado uma tendência preocupante para administradores e moradores. Segundo dados recentes da, o índice de inadimplência atingiu 24,04% no final de 2023, representando um aumento significativo desde 2020, quando a taxa era de 14%. As variações nos anos subsequentes - 16% em 2021 e 20% em 2022 - indicam uma crescente dificuldade para as famílias manterem suas contas em dia, refletindo as complexidades do cenário econômico nacional​​.

Este cenário é corroborado por um aumento de 42% na inadimplência no último ano, impulsionado em grande parte pelo empobrecimento da população e pelo aumento da taxa Selic, que subiu de 2% para 13,75% entre 2021 e 2022. Tais fatores tornaram o pagamento das taxas de condomínios uma prioridade menor para muitas famílias, especialmente aquelas com renda mais baixa, onde a inadimplência alcançou 25% para cotas até R$ 500​​.

Em meio a esse cenário, Gustavo Ferreira, CEO da Fesan, administradora de condomínios em São Paulo, compartilha insights valiosos: "A gestão da inadimplência requer uma abordagem multifacetada. Recomendamos estratégias que vão desde a negociação e o parcelamento de dívidas até o uso de tecnologias para um controle mais eficaz das finanças do condomínio. É crucial manter uma comunicação transparente e empática com os moradores para entender suas dificuldades e buscar soluções conjuntas".

Apesar do quadro desafiador, a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) projeta um crescimento da carteira de crédito para 8,5% em 2024, comparado a 6,9% em 2023. Com a queda das taxas de juros e uma facilitação do acesso ao crédito, espera-se que os devedores consigam regularizar suas dívidas, o que poderia aliviar a taxa de inadimplência em condomínios. Este otimismo é compartilhado por especialistas que veem na melhoria do acesso ao crédito uma esperança para a diminuição das dívidas condominiais​​.

Entre as estratégias recomendadas para enfrentar a inadimplência, destacam-se a implementação de uma gestão eficiente do fluxo de caixa, o monitoramento e a previsão orçamentária do condomínio, além da conformidade legal e a contratação de seguros adequados. Tais medidas são fundamentais para garantir a sustentabilidade financeira dos condomínios e mitigar os riscos associados à inadimplência​​.

A realidade demonstra que a inadimplência em condomínios não é apenas uma questão de gestão financeira, mas também um reflexo das condições socioeconômicas amplas. Diante disso, administradoras, síndicos e moradores devem colaborar para criar ambientes condominiais mais resilientes e inclusivos, capazes de enfrentar os desafios financeiros com solidariedade e inovação.


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