14/10/2021 às 09h54min - Atualizada em 14/10/2021 às 10h15min

Crise hídrica : Conheça 7 truques para economizar na energia elétrica

O Brasil passa pela pior crise hídrica dos últimos 91 anos e a situação reflete na conta de energia.

SALA DA NOTÍCIA Julia Ximenes
 

Crise hídrica : Conheça 7 truques para economizar na energia elétrica

O Brasil passa pela pior crise hídrica dos últimos 91 anos e a situação reflete na conta de energia. 

 

No Estado de São Paulo, o sistema Guarapiranga está com 45,1% do volume de água, segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Em comparação ao mesmo mês no ano passado (2020), ele estava com 46,5%. 

 

Já o sistema Cantareira está com 29,5% do volume de água, enquanto que em outubro do ano passado estava com 41,2%.

 

O atual cenário acontece devido à escassez de chuvas, o que faz com que os reservatórios fiquem com níveis baixos. 

 

Além disso, existe uma maior demanda por energia em diversos setores devido ao reaquecimento da economia pós crise gerada pela pandemia. 

 

Devido aos fatores citados acima, é necessário que as usinas termelétricas sejam acionadas. Isso é feito com o objetivo de garantir o fornecimento de energia para a população e reduzir o risco de racionamento ou até mesmo de apagões. 

 

Porém, o custo de produção das usinas termelétricas é mais caro e, quando precisam ser ligadas, as bandeiras tarifárias são incluídas na conta de energia. 




 

Mas, o que é o sistema de bandeiras e como é possível fazer o seu cálculo? 

 

Criado em 2015 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o sistema de bandeiras tem o objetivo de custear despesas, incluindo taxas na conta de luz. 

 

Essa taxa vai variar de acordo com a situação da produção de energia e serve para que o consumidor saiba se está pagando algum valor a mais na conta. 

 

Como funcionam os cálculos do sistema de bandeiras? 

Agora que você já sabe o que é o sistema de bandeiras, está na hora de compreender como os seus cálculos são feitos.

 

O sistema está dividido em três categorias (cores), sendo elas: verde, amarela e vermelha. 

A escolha dessas cores não foi feita de forma aleatória, já que a ideia é que elas remetam às cores dos semáforos. Ou seja, verde significa "siga", amarelo significa "atenção" e vermelho significa "pare". 

 

Quando se trata do consumo de energia, a lógica é parecida. Entenda melhor a seguir. 

 

Bandeira verde

Essa categoria indica que as condições para a geração de luz estão favoráveis. Os custos com energia estão dentro do esperado, os reservatórios estão cheios e o abastecimento está garantido.  

 

Quando a bandeira é verde, indica que não existe mudança no cálculo da base tarifária da conta. 

 

Bandeira amarela

Aqui, a geração de energia não é tão favorável quanto no caso da bandeira verde. Com a bandeira amarela, é necessário ter atenção. 

 

Neste caso, é acrescentado o valor de R$1,50 a cada 100 kWh que são consumidos por mês. Portanto, aqui já é possível saber que a conta terá este acréscimo. 

 

Bandeira vermelha

Esta bandeira serve para sinalizar uma situação crítica na geração de energia. O aumento de custo na conta tem relação com as usinas hidrelétricas não serem capazes de produzirem a energia necessária. 

 

Com isso, as usinas termelétricas — que citamos no início do artigo precisam ser acionadas. Como a utilização dessas usinas possui um custo maior, o valor na conta de energia também aumenta. 

 

A bandeira vermelha está subdividida da seguinte forma: 

 
  • Patamar 1: R$4,00 são acrescentados a cada 100 kWh que são consumidos;
  • Patamar 2: R$6,00 são acrescentados a cada 100 kWh que são consumidos. Neste caso, a situação é mais crítica. 
 

Em cenários mais críticos, é muito importante que os consumidores repensem os seus hábitos e busquem maneiras de reduzir o consumo de energia e de água. 

Dicas para economizar energia elétrica

Quando o país passa por uma situação de crise hídrica, é fundamental que toda a população busque maneiras de reduzir o consumo tanto de energia quanto de água. 

 

Às vezes, apenas pequenas mudanças podem fazer toda a diferença para reduzir os custos da sua conta de energia, além de contribuírem na redução do risco de apagões. 

 

Aqui está a nossa lista com algumas dicas que te ajudarão a economizar na energia elétrica. 

 

1. Desligue aparelhos que não estão sendo utilizados

Uma grande parte do consumo de eletricidade acontece para alimentar aparelhos eletrônicos que estão desligados. 

 

Conhecidas como "cargas fantasmas", nada mais são do que a geração de energia para eletrônicos que estão desligados, porém, estão usando um painel de alimentação (tomada). 

 

Quando não estiver assistindo TV ou utilizando algum outro eletrônico que pode ser desconectado da tomada, apenas o desconecte. 

 

2. Prefira as lâmpadas LED

As lâmpadas LED foram se tornando populares no decorrer dos últimos anos e são muito eficientes em termos de economia na geração de energia e duram muito mais tempo quando comparadas às lâmpadas tradicionais. 

 

Geralmente, elas podem durar até 100 vezes mais do que as lâmpadas padrões e utilizam muito menos energia. 

 

3. Prefira aparelhos eficientes em termos de energia

No momento de comprar novos aparelhos eletrônicos, certifique-se de que eles são eficientes em termos de energia. 

 

Para fazer isso, você pode conferir a tabela de eficiência energética do INMETRO. Essa tabela mostra quanto cada equipamento consome de energia, incluindo ar condicionado, geladeira, lâmpadas, entre outros. 

 

Para fazer a regulamentação da eficiência dos aparelhos, foi desenvolvido o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). 

 

O INMETRO faz a coordenação do programa em parceria com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). 

 

O PBE fornece etiquetas que possuem uma classificação, que vai da letra A, o que indica ser a mais eficiente, até a letra G, o que indica ser a menos eficiente. 

 

Vale dizer que apesar dos aparelhos que são mais eficientes possam custar um pouco mais caros, eles consomem menos energia, o que reflete diretamente na sua conta de luz. 

 

4. Aproveite a luz e o calor natural

Se você tem ar condicionado em casa, ou pensa em ter um, é muito importante que saiba utilizá-lo com moderação. 

 

Às vezes, o ar condicionado é ligado, mas, na verdade, só bastaria abrir todas as janelas do imível — ou pelo menos do cômodo  — para que o ambiente ficasse mais ventilado e agradável. 

 

Além disso, durante o dia, você também pode aproveitar a luz natural, ao invés de deixar alguma lâmpada ligada sem necessidade. 

 

5. Tenha atenção ao tempo de duração do banho

Se você costuma passar muito tempo no chuveiro tomando banho, todos os dias, precisa começar a repensar. 

 

Você está exagerando no uso tanto de energia quanto de água e isso afeta diretamente nas suas contas, além de, claro, contribuir para a redução do nível nos reservatórios de água. 

 

Ao tomar banho com uma ducha durante 15 minutos, com o registro estando meio aberto, você consome cerca de 135 litros de água. Portanto, se esforce para passar apenas o tempo necessário embaixo do chuveiro. 

 

6. Cuidado com os celulares

Algumas pessoas têm o costume de colocar o celular para carregar e simplesmente deixar que eles passem horas carregando. Isso faz com que muita energia elétrica seja utilizada. 

 

Além disso, se a bateria do celular não for boa ou já estiver desgastada, principalmente se for de um modelo de celular mais antigo, poderá gastar muita eletricidade. 

 

Tente reduzir a quantidade de vezes por dia que precisa carregar o seu celular. Você pode, por exemplo, diminuir as luzes do visor (se for possível). 

 

7. Prefira tintas com cores mais leves

Essa dica pode não parecer muito eficaz, mas realmente pode te ajudar a economizar energia. 

 

Se você está pensando em pintar algum ou todos os cômodos do seu imóvel, sempre prefira cores mais claras. 

 

Elas ajudam a usar menos energia, já que refletem a luz e o calor em um cômodo melhor do que os tons que são mais escuros. 

 

Agora que você já sabe como a crise hídrica pode afetar a sua conta de luz e quais truques pode usar para economizar energia, temos um recado final para te dar: também tenha muita atenção ao consumo de água. 

 

Além de reduzir o tempo no chuveiro, você também pode buscar por outras soluções, como por exemplo:

 
  • Construir uma cisterna no quintal da sua casa;
  • Lavar roupas apenas quando a máquina estiver cheia;
  • Não deixar a torneira aberta durante todo o tempo que estiver escovando os dentes ou lavando os pratos e assim por diante. 
 

Mas, veja, não é apenas na conta de luz que podemos sentir os impactos da crise hídrica. A contaminação dos reservatórios fica mais evidente e os baixos volumes de água escancaram a conservação mal feita dos mananciais, além da forte necessidade de realização de tratamento de esgoto, seja com bombas de esgoto ou outros materiais que devem estar no planejamento das autoridades públicas. 

 

Ao consumir menos água, além de estar contribuindo com o meio ambiente, você também pode reduzir os gastos com as contas, tanto de água quanto de energia.




 
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