06/05/2024 às 13h04min - Atualizada em 06/05/2024 às 16h03min

Setores de energia e saneamento têm potencial para ampliar contingente de beneficiados pelo Cadastro Positivo no Ceará

O presidente da AESBE e da CAGECE, Neuri Freitas, reúne-se hoje, em Fortaleza, com Elias Sfeir, presidente da ANBC, para falar sobre a implantação do programa no estado, que tem 73% de sua população economicamente ativa no banco de dados

Pedro Carvalho
ANBC

Fortaleza, 06 de maio de 2024: O Cadastro Positivo, base de dados instituída por lei com o objetivo de auxiliar na avaliação de risco na concessão de crédito por meio de informações positivas, e que reúne o histórico de pagamentos e obrigações financeiras de empresas e consumidores, atinge em média cerca de 84% da população brasileira. O número equivale a 160 milhões de registros únicos, de acordo com dados da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC)

Alguns estados, no entanto, têm potencial para ampliar o contingente de consumidores e empresas no banco de dados, aumentando assim o número de beneficiados pela iniciativa. Em vigência no modelo de adesão automática desde 9 de julho de 2019, o Cadastro Positivo permite que os credores tenham uma avaliação de crédito levando em conta o histórico de pagamentos de pessoas físicas e jurídicas que solicitam crédito, viabilizando a oferta de condições de crédito mais adequadas a cada perfil e em condições mais justas. 

É o caso do Ceará, que hoje tem 73% de seus habitantes entre 18 e 70 anos no Cadastro Positivo - porcentagem em linha com boa parte dos estados da região Nordeste. 

O aumento no volume de registros tende a ocorrer por meio da inclusão das informações dos setores de energia, em plena implantação e que pode inserir até 75 milhões de registros, e de saneamento, com capacidade para incluir até 55 milhões de registros à base de dados em todo o país, segundo levantamento da ANBC. 

“A adesão de novos setores é fundamental para a ampliação dos benefícios do Cadastro Positivo. Somente a entrada do setor de telecomunicações, por exemplo, incluiu 15 milhões de novos registros de consumidores e empresas à base de dados da iniciativa. Na prática, significa que essas pessoas físicas e jurídicas não constavam nas informações enviadas pelas instituições financeiras, responsáveis pela primeira onda do programa. Ou seja, estavam até então invisíveis para o crédito”, afirma Elias Sfeir, presidente da associação. 

Para engajar e apoiar os setores de energia e saneamento na aderência à lei e na extensão dos benefícios do Cadastro Positivo, a ANBC vem trabalhando em uma extensa agenda de ações envolvendo concessionárias públicas e privadas, governos e associações de todo o país. Como parte desta iniciativa, o presidente da entidade reúne-se hoje, em Fortaleza, com o presidente da AESBE (Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento) e da CAGECE (Companhia de Água e Esgoto do Ceará), Neuri Freitas. O deputado estadual Sérgio Aguiar (PDT-CE) que também é presidente da UNALE (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais), participa do encontro. 

Desde o início da jornada com foco em saneamento, a entidade participou da Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente (Fenasan). A associação promoveu ainda iniciativas nos estados de São Paulo, além de Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Ceará, Bahia, Pará e Amazonas. Ainda neste mês, a ANBC retornará aos estados de baixa participação para avançar o benefício econômico-social do Cadastro Positivo, como avaliação de crédito mais justa, promoção da inclusão financeira e potencial redução da inadimplência.


 
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